Páginas

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Análise bíblica de "canções evangélicas"

Por que escrevi este artigo?

Primeiro, alguns internautas vêm me desafiando a apontar erros doutrinários do grupo que propagou esta canção em todo o Brasil, uma vez que consideram injustificáveis as críticas que faço a seus modismos: secularização do louvor a Deus, megashows, com danças, "engatinhar no Espírito"...

Acesse:
http://www.youtube.com/watch?v=J3leVA6j2P0

... além de "profecias" disso e daquilo sem nenhuma responsabildade, apesar do aparente temor a Deus (temor que pode de fato existir, mas "uma coisa não justifica outra"), etc.

Segundo, sou amante da boa música e sempre primei pela verdadeira adoração, em espírito e em verdade (Jo 4.23,24).

Terceiro, pretendo inaugurar, por meio deste texto, uma série de artigos pelos quais farei críticas construtivas a algumas canções da atualidade (chamo-as de "canções" porque muitas delas não podem ser consideradas hinos, haja vista este termo ser usado nas Escrituras para denotar o cântico de louvor entoado pelos salvos, em verdadeira adoração a Deus).

Quarto, temos de submeter tudo à Palavra de Deus, pois o Senhor elevou a sua Palavra acima de seu próprio nome, como se lê em Salmos 138.2: “... engrandeceste a tua palavra acima de todo o teu nome”. Isto o Senhor fez para que a sua Palavra tenha sempre a primazia, em detrimento de outras revelações. Paulo ensinou que nem um anjo do céu pode anunciar outro evangelho como verdadeiro, além do que ele propagou (Gl 1.8).

Diante do exposto, farei algumas considerações acerca da canção “A Vitória da Cruz”, sem mencionar o grupo que a "canonizou", pois o propósito desta série de artigos é esclarecer, orientar, e não atacar pessoas gratuitamente.

1) O título da canção está corretíssimo à luz da Bíblia Sagrada. Mas a letra depõe contra o próprio título. Por quê? Porque enfatiza que a vitória da cruz não foi na cruz (!!!), e sim no Inferno, onde Cristo teria aberto as nossas cadeias e nos resgatado. À luz da Palavra de Deus, a vitória de Cristo foi mesmo alcançada NA CRUZ! Embora a obra da redenção esteja apoiada no tripé “nascimento, morte e ressurreição”, a crucificação de Jesus é seu ponto alto. Afinal, foi na cruz que o Senhor bradou: “Está consumado” (Jo 19.30). NA CRUZ Jesus venceu Satanás, como se lê claramente em duas passagens neotestamentárias:

“Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, POR SUA MORTE, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo” (Hebreus 2.14).

“E, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles NA CRUZ” (Colossenses 2.15).

2) Para quem não sabe, o Diabo NUNCA esteve no Inferno! Ele é o príncipe das potestades do ar; o seu trono está nas regiões celestiais (Ef 2.2; 6.12; Gl 1.8). Como, pois, ele pôde ouvir os passos fortes que abalaram o Inferno? Como Jesus teria acabado com a sua comemoração?

3) Biblicamente, é errado afirmar que os demônios se alegraram ou fizeram festa com a morte de Cristo, pois foi exatamente na sua morte sacrificial que eles foram derrotados, como vimos nas passagens acima. O Inimigo tentou matar Jesus ANTES de Ele chegar à cruz (Lucas 4.28-30). Satanás induziu Pedro (por influência, e não por possessão) a fazer Jesus desistir da idéia de morrer na cruz, mas Ele o repreendeu: “Para trás de mim, Satanás” (Mateus 16.22,23). Quando Jesus já estava na cruz, o Inimigo tentou frustradamente convencê-lo a descer de lá (cf. Mateus 27.40,42). Por que o Diabo faria festa pela verdadeiramente VITÓRIA DA CRUZ?

4) Não houve festa nenhuma no Inferno envolvendo o Diabo e seus agentes! O Inimigo foi derrotado e exposto ao desprezo NA CRUZ, na morte de Cristo! Embora o plano redentor de Deus, para nós, tenha se concretizado na ressurreição de Cristo, pois sem ela seria vã a nossa fé (1 Coríntios 15.17-20), a ênfase desse plano é a vitória da cruz. Por isso, a mensagem da cruz é tão poderosa (1 Coríntios 1.18).

5) Apesar de estar derrotado por antecipação e aguardando o cumprimento de sua sentença (João 16.8-11), o Diabo ainda não foi esmagado, como diz a canção! Esmagamento significa derrota total, e isso ainda não aconteceu! Em Romanos 16.20, está escrito: “E o Deus da paz EM BREVE ESMAGARÁ DEBAIXO DE VOSSOS PÉS A SATANÁS”. Isso diz respeito ao futuro (1 Co 6.3; Ap 20.9,10).

6) O Diabo nunca teve chaves! Pelo menos, as Escrituras não mencionam que ele, em algum momento, tenha possuído a chave do Inferno. Jesus apenas disse: “... eis que estou vivo pelos séculos dos séculos, e tenho as chaves da morte e do inferno” (Apocalipse 1.18). Por conseguinte, não podemos afirmar que Cristo tomou as chaves do Diabo!

7) Portanto, Jesus não nos resgatou no Inferno! Ele não abriu as nossas cadeias no Inferno! Não! O título da canção em apreço deveria ser A VITÓRIA DO INFERNO. Mas foi com o sangue da cruz que Cristo resgatou a humanidade (1 Pedro 1.18,19), comprando-nos para Deus, como se lê em Apocalipse 5.9: “... Digno és... porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação”. Ele, portanto, pagou o preço do resgate a Deus, e não ao Diabo!
Numa entrevista exclusiva ao portal Lagoinha.com, certa vocalista (amada e, em alguns casos, idolatrada por boa parte da juventude evangélica) falou sobre um megashow (realizado em 07/07/07, na praça da Apoteose, no Rio de Janeiro) e fez uma declaração, referindo-se à canção "Mais que Vencedor" do novo CD, pela qual demonstra o quanto está enganada sobre algumas de suas motivações:

“... em uma madrugada em que eu estava irritada com tantas afrontas de satanás... Eu compuz (sic), pela primeira vez, uma música para ele. Eu fiz questão de falar, zombar e declarar que se ele pensa que eu vou parar, é melhor ele desistir. Maior é o que está em mim”.

Na letra da canção "Mais que Vencedor", são dirigidas palavras diretamente a Satanás:

“Você pensa que vai me fazer tropeçar?", "Você pensa que vai me fazer cair?", "Você não se cansa de me tentar”.

Que edificação uma letra com ofensas ao Diabo pode trazer ao povo de Deus? (Se bem que a letra em apreço não é tão ofensiva assim, a menos que os gestos, a “dança profética” e a coreografia o sejam.) Mesmo assim, pergunto: É correto compor e cantar um “hino” cuja letra desafia o Adversário? Não devemos apenas exaltar o nome do Senhor, além de cantar as suas misericórdias e os seus juízos?
Essas perguntas serão respondidas agora à luz da Bíblia:

1) A Palavra de Deus diz que temos armas apropriadas para vencer o Diabo (2 Co 10.4,5; Ef 6.10-18), mas não devemos dar lugar a ele (Ef 4.27). É mesmo necessário desafiá-lo ou chamá-lo para a briga? Isso não é uma forma de darmos lugar a ele?

2) Nossa postura, à luz da Palavra de Deus, não é de provocação ao Inimigo, e sim de resistência (1 Pe 5.8,9). Davi não provocou o gigante Golias! Ele apenas reagiu às suas afrontas, na força do Senhor (1 Sm 17.36,45). Devemos marchar, avançar, pregando, orando, fazendo a nossa parte como soldados de Cristo. Quando o mal se levantar, Deus nos dará a vitória, pois as portas do Inferno não prevalecerão contra nós (Mt 16.18).

3) Não precisamos exigir nada do Diabo nem desafiá-lo. A orientação bíblica acerca dele é a seguinte: “Sujeitai-vos pois a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós...” (Tg 4.7,8). Não é melhor nos sujeitarmos a Deus, em vez de dirigirmos ofensas ao príncipe das trevas?

4) Nem o arcanjo Miguel ousou pronunciar palavras contra Satanás, mas disse apenas: “O Senhor te repreenda” (Jd v. 9). Miguel podia ter dito: "Escuta aqui, seu capeta, você é isso e aquilo", mas não o fez. Por que muitos hoje verberam contra Satanás? Este deve zombar de quem faz isso, pois, ao agirem assim, deixam de glorificar o Senhor Jesus.5) Satanás está caído, mas é um querubim ungido (cf. Ez 18), e ele terá de tratar com Deus, no futuro (Ap 20.1-3,10; Rm 16.20). Aliás, ele já está julgado (Jo 16.8-11). Davi não se levantou contra Saul para matá-lo, mesmo sabendo que o então rei de Israel estava desviado. Por quê? Porque Saul era ungido do Senhor...

6) Os compositores da atualidade têm se preocupado muito em provocar o Inimigo. Apesar disso, o Senhor continua a procurar os verdadeiros adoradores, cujo desejo é adorar a Deus em espírito e em verdade (Jo 4.23,24).

7) Letras como a dessa canção mencionada pela tal vocalista, desprovida de fundamento bíblico, só servem para confundir as pessoas. Não promovem o evangelho cristocêntrico, haja vista não darem à Pessoa de Cristo a merecida ênfase, ao mesmo tempo que mencionam o Diabo o tempo todo.



Atenção, atenção, críticos maldizentes de plantão, que me acham incapaz de ver algo positivo nas “canções evangélicas” da atualidade:
Vocês vão se surpreender com este terceiro artigo desta série!

Mas, antes de falar sobre a “canção” em apreço (por enquanto, vou chamá-la de “canção”), quero dizer a todos os meus leitores que esta série não tem como alvo denegrir grupos, cantores ou compositores, e sim combater heresias e esclarecer o povo de Deus. Para quem não sabe, eu até aprecio hinos como “Águas purificadoras”, “Preciso de Ti” (sem considerar a parafernália dos shows que chamam de culto, é claro!), etc.

Vamos, pois, à análise, à luz da Palavra de Deus, da “canção” mencionada no tópico deste artigo:

1) Sei que os Teus olhos sempre atentos permanecem em mim. Gostei da maneira como a letra desta “canção” começa, dirigindo-se a Deus: “Teus olhos”. Isso é raro hoje em dia. A maioria das composições “evangélicas” são voltadas para o ser humano: “Você é isso e aquilo”, “Profetize a sua vitória”, “Hoje o meu milagre...”, etc. Além disso, é inteiramente bíblica a afirmação de que os olhos do Senhor estão sempre atentos sobre nós (Pv 15.3; 2 Cr 7.14,15).

2) E os Teus ouvidos estão sensíveis para ouvir meu clamor. Isso é a mais pura verdade, de acordo com as Escrituras (2 Cr 7.14,15; Jr 33.3; 29.13; Mt 7.7,8).
Posso até chorar. Mas a alegria vem de manhã. De fato, “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã” (Sl 30.5).

3) És Deus de perto e não de longe. Esta frase da composição em análise é a mais debatida pelos críticos. Se a analisarmos isoladamente, ela entra em choque com Jeremias 23.23. No entanto, é preciso ser coerente e interpretá-la à luz do contexto da composição. Este afirma que Deus está perto, no sentido de ouvir, atender aqueles que o buscam. Nesse caso, há sim base na Bíblia para essa afirmação, haja vista a própria Palavra de Deus dizer: “Perto está o Senhor de todos os que o invocam” (Sl 145.18). Leia também Isaías 55.6 e Salmos 119.151.

4) Nunca mudastes, Tu és fiel. Aqui há um erro (um errinho) gramatical, para ser justo. O correto é “mudaste”, e não “mudastes”. Quanto ao enunciado, é bíblico, pois o Senhor nunca mudou mesmo (Ml 3.6; Hb 13.8). Mas a sua imutabilidade é em relação ao seu caráter santo e justo, uma vez que Ele pode mudar no sentido de não cumprir algo em favor de alguém que dEle se afasta (2 Cr 15.2; Tg 4.8). Deus é sempre o mesmo em seu caráter; nunca muda quanto à sua fidelidade (2 Tm 2.13).

5) Deus de aliança, Deus de promessas. Que Ele é um Deus que faz alianças e promessas não há dúvidas. Que tal ler o livro de Gênesis? Veja os capítulos 9 e 12, por exemplo. E a aliança que Ele fez com Israel? E a promessa do derramamento do Espírito? E a Segunda Vinda de Cristo?

6) Deus que não é homem pra mentir. Ao longo das páginas sagradas vemos um Deus Fiel, incapaz de mentir. Em Número 23.19 está escrito: “Deus não é homem para que minta”. Jesus disse que é a Verdade (Jo 14.6), e o crente deve estar firmado nEle. Como cada uma das Pessoas da Trindade formam um único Deus, todas as três são mencionadas como sendo “o Deus verdadeiro” ou “a Verdade” (Jo 17.3; 1 Jo 5.20; Jo 14.17).

7) Tudo pode passar, tudo pode mudar, mas Tua palavra vai se cumprir. A Palavra do Senhor nunca volta vazia (Is 55.10,11). Daí o Senhor ter dito que vela por ela, a fim de cumpri-la (Jr 1.12). Hoje, muitos se firmam em “pensamentos”, “opiniões”, “sonhos”, mas não valorizam a Palavra de Deus! Jesus foi bem claro quanto a isso: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” (Mt 24.35). Note: “palavras” (cf. também 1 Pe 1.24,25).

8) Posso enfrentar o que for. De fato, se estivermos em Cristo, podemos todas as coisas naquEle que nos fortalece (Fp 4.13; Ef 6.10).

9) Eu sei quem luta por mim. Veja que coisa maravilhosa quando um compositor de fato segue a Bíblia! Ainda que eu quisesse, não poderia reprovar esta letra. É “Bíblia pura”, como alguém diria. Isso mesmo. O que a letra em apreço diz agora é que sabemos, temos a certeza de que o Senhor é o nosso Ajudador (Hb 13.5,6); Ele luta por nós e ao nosso lado, pois somos soldados dEle (2 Tm 4.3,4). Como disse Paulo, “eu sei em quem tem crido” (2 Tm 1.12).

10) Seus planos não podem ser frustados. Compositores que seguem aos modismos da atualidade diriam: “Seus sonhos não podem ser frustrados”, mas a letra diz “Seus planos”. Isso mesmo! Corretíssimo, à luz da Bíblia! Esse negócio de cantar que “sonhos de Deus jamais vão morrer” é deprimente. E, quanto a você que fica sonhando, sonhando e sonhando... acorde para a realidade! Pare de achar que todos os seus “sonhos” vêm dEle! Do homem são as preparações do coração, e do Senhor a resposta da boca! Leia Provérbios 16.1, 2 Samuel 7 (todo o capítulo) e conscientize-se de que Deus não é obrigado a cumprir todos os seus anseios e aspirações (“sonhos”)! Leia neste blog um artigo sobre “sonhos”, se quiser mais explicações.

11) Minha esperança está nas mãos do grande Eu sou. Confiamos mesmo no grande Deus “Eu Sou” (Êx 3.14; Jo 8.58), pois as suas mãos estão estendidas sobre os que o buscam com sinceridade (Is 14.27; 59.1,2; At 4.28-31).

12) Meus olhos vão ver o impossível acontecer. Diante de todo o contexto desta “canção”, a sua última frase reveste-se de importante significação, sendo também biblicocêntrica. Quando de fato estamos na presença do Senhor, sendo-lhe obediente, contemplamos, pela fé, coisas grandes e impossíveis (Hb 11.1; Jr 33.3; Jo 1.50,51).
Portanto, diante dessa breve análise, afirmo que a “canção” em apreço não é propriamente uma canção, pois este é um termo secular. Em razão de suas características biblicocêntricas apresentadas, sem levar em conta outros aspectos (as coreografias, o figurino, as luzes coloridas, as chamadas “adorações espontâneas”, etc. do grupo que a propagou em todo o Brasil), podemos sim, e sem dúvidas, chamá-la de hino. O termo “hino”, à luz das Escrituras, se aplica apenas às composições de louvor e adoração a Deus (Ef 5.18,19; Cl 3.16).

Ah, sim. Tenho só mais um recado aos críticos maldizentes de plantão, que acham que eu estou contra tudo e todos:

Andem conforme a Palavra de Deus e vocês terão, não a mim, um mero mortal, mas o Senhor ao lado de vocês! Entretanto, se quiserem fazer o que bem entendem, e não o que a Bíblia diz, isso é uma questão de escolha (Dt 30.19; Mt 7.21-23).


Quando lemos o livro de Salmos — que, de fato, é o principal referencial na Bíblia sobre a música e o cântico de adoração a Deus —, percebemos que, de maneira geral, as composições bíblicas possuem as seguintes características:

1) O salmista dirige palavras de louvor e oração diretamente a Deus (3.7; 6.1; 7.1; 9.1; 30.1, etc.).

2) O salmista fala de si, mas em relação à grandeza do Senhor (18.2; 23.1; 42.1; 73.2,23; 103.1; 104.1, etc.).

3) O salmista menciona a magnificência de Deus, mas sem dirigir-se diretamente a Ele (19.1; 24.1, etc.).

4) O salmista estimula a todos a louvarem ao Criador (95.1; 107.1; 112.1; 113.1, etc.).

5) O salmista menciona a bem-aventurança que existe para o justo, que serve a Deus, em contraste com o ímpio (1.1,2; 36.1, etc.).

Muitas canções, hoje em dia, não cumprem nenhuma das proposições acima. Ou seja, não exaltam a Deus de forma alguma. São canções humanistas e antropocêntricas, isto é, voltadas para o ser humano, com elogios, mensagens triunfalistas, do tipo “auto-ajuda barata”. Isso quando não são mensagens dirigidas diretamente ao Diabo: "Satanás, você é isso e aquilo".

São insurportáveis as canções do tipo: “Você é ungido, escolhido, etc., etc., etc.” Você, você e você! Observe como é o ser humano quem recebe todos os elogios. O suposto e aparente louvor a Deus (pois definitivamente isso não é louvor!) é todo voltado para o crente, a fim de animá-lo: “Deus marcou na agenda e não passa de hoje não; hoje é o dia da vitória”; “Sonhe, sonhe, sonhe, porque todos os seus sonhos se realizarão”. Isso, com toda a sinceridade, transmite a idéia de que Deus é como o Papai Noel, e não alguém digno de toda a nossa adoração em espírito e em verdade (Jo 4.23,24).

Bem, posto isto, a “canção” que vamos analisar a partir de agora não está enquadrada no grupo humanista e antropocêntrico da atualidade, graças a Deus! Ela se enquadra perfeitamente, com algumas ressalvas, no item 2 da lista acima; isto é, o compositor fala de si, mas em relação à grandeza do Deus galardoador daqueles que o buscam. Não se trata, pois, de uma canção de auto-ajuda; é, grosso modo, biblicocêntrica, como veremos.

ANÁLISE DE "BENDITO SEREI"

1) Se atentamente ouvir a Deus. É bom este início, com o emprego da conjunção condicional “se”, haja vista enfatizar o livre-arbítrio, que tem sido desprezado por muitos, apesar de ser uma das mais cristalinas verdades da Bíblia (Dt 30.19; Lc 9.23; Is 1.19,20; Ap 22.17). Quanto à menção de ouvir a Deus atenta ou diligentemente, isso é uma necessidade em nossos dias (Hb 2.1; Ap 2.7).

2) E os mandamentos seus, obedecer. O compositor foi feliz em enfatizar a obediência aos mandamentos do Senhor. Essa é a mensagem principal do maravilhoso Salmo 119 e da mensagem de Jesus em Mateus 7.24-27.

3) O Senhor meu Deus me exaltará sobre todas as nações onde eu passar. O compositor aplica a si a bênção transmitida exclusivamente a Israel (cf. Dt 28.1), mas é bom observar que a “canção” toda gira em torno dos primeiros versículos de Deuteronômio 28. Ele se valeu da licença poética para aplicar a si a tal bênção específica. Mas, se considerarmos que somos o povo escolhido de Deus (1 Pe 2.9,10), podemos aplicar a nós, sim, espiritualmente, sem exageros, as bênçãos dirigidas a Israel (cf. Dt 28.2; Tg 1.17).

4) Eu não correrei atrás de bênçãos; sei que elas vão me alcançar; onde colocar a planta dos meus pés; sei que a tua benção chegará. Estas verdades têm base em Deuteronômio 28.2, em relação a Israel, mas correlaciona-se com Marcos 16.17, passagem pela qual se assevera que os sinais seguem aos que crêem. Hoje, muitos correm atrás de bênçãos e de sinais, como se a Bíblia dissesse: “E os que crerem seguirão aos sinais”. A letra desta “canção”, pois, cumpre um belíssimo papel ao instruir os salvos a não viverem correndo atrás de movimentos, como muitos fazem nos dias de hoje. Quem obedece a Deus é abençoado; poder do Alto, proteção, curas e outras bênçãos o seguem (Mc 16.18-20).

5) Bendito serei na Terra; bendito serei. O termo "bendito" aqui, de acordo com o contexto de Deuteronômio 28, tem um sentido diferente do apresentado em Salmos 103.1; Efésios 1.3; 1 Pedro 1.3. Nestas passagens, bendizer a Deus ou chamá-lo de "bendito" implica louvá-lo, adorá-lo. Em relação ao servo do Senhor denota que a bênção celestial está sobre a sua vida. Daí “bendito”, isto é, “abençoado por Deus”.

6) Quando eu profetizar; sei que a minha voz será a voz de Deus. Aqui tenho uma preocupação. Com o modismo que se instalou no meio do povo de Deus, de todos acharem que podem profetizar na hora em bem entendem ("Eu profetizo isso e aquilo", "Profetize agora para você mesmo e diga isso e aquilo", etc.), como já temos enfatizado neste blog, temo que esta parte da composição fomente mais ainda essa prática descabida e antibíblica. De acordo com a Palavra, nem todos são profetas; devem profetizar dois ou três, enquanto os outros julgam (1 Co 12.29; 14.29).

Devido ao falacioso e também pernicioso movimento da Confissão Positiva, muitos crentes acreditam que há poder em sua boca e acham que podem abrir e fechar portas por meio de palavras mágicas; e pensam que têm o poder de determinar, decretar, etc. Isso contraria a Palavra de Deus (cf. Hb 4.12; Mt 7.7,8; Jo 14.13; Jr 33.3; Tg 5.17). Estas passagens mostram que o crente deve pedir, e não determinar. Ezequiel profetizou a Palavra de Deus conforme se lhe deu ordem, e não porque se considerava “a boca de Deus na Terra” (Ez 37.1-10).

Caso o leitor queria se aprofundar neste assunto, leia 1 Coríntios 14 (todo o capítulo), em meditação, e, se possível, confira os artigos abaixo:

Primeira dica:
http://cirozibordi.blogspot.com/2007/01/eu-profetizo-sobre-sua-vida.html

Segunda dica:
http://cirozibordi.blogspot.com/2007/06/xodo-1226-que-culto-esse-vosso-como.html

7) Bendito serei no campo; bendito serei; por onde eu passar; onde eu tocar abençoado será, quando eu obedecer a sua voz. Uma ótima conclusão. A obediência é de novo enfatizada, como no começo. Além disso, assevera-se que o crente não deve ser apenas abençoado, e sim uma bênção, um canal de bênçãos para os que estão à sua volta (cf. Gn 12.1-3). De fato, o crente fiel, por onde passa, influencia pessoas, negócios prosperam, igrejas são abençoadas, etc.

Diante do exposto, afirmo que esta “canção”, que tem sido cantada em todo o Brasil, apesar da má compreensão que alguns podem ter, em razão de estarem contaminados pelo triunfalismo humanista, trata-se de um hino que exalta a Deus e enfatiza a obediência que o cristão deve ter, a fim de ser abençoado e, sobretudo, uma bênção na Terra.


Atenção, atenção, geração de “sonhadores apaixonados”, vou logo avisando que esta análise poderá deixá-los muito irritados comigo! Talvez vocês, ao lerem este artigo, reajam: “Quem ele pensa que é para dizer isso?” Vocês terão razão, se pensarem assim a meu respeito, pois de fato eu nada sou. Contudo, peço-lhes que se esqueçam um pouco de mim e atenham-se ao que a infalível Palavra de Deus (1 Pe 1.24,25) tem a dizer a respeito dos “sonhos de Deus”.

Vamos, pois, direto à análise da letra da “canção” em apreço:

1) Se tentaram matar os teus sonhos, sufocando o teu coração; se lançaram você numa cova; e ferido perdeu a visão; não desista; não pare de crer.

Observe que a composição já começa falando diretamente com o ser humano, objetivando motivá-lo. Sabe o que é isso? Humanismo; antropocentrismo puro! É uma mensagem motivacional; auto-ajuda, cuja característica principal é mostrar que o homem pode; que ele é forte; que o seu pensamento positivo e as suas palavras convictas podem mudar todas as circunstâncias e trazer à existência o que não existe.

Quanto aos “sonhos”, a Palavra de Deus alerta que o nosso coração é enganoso (Jr 17.9). Embora o Senhor nos revele muitas coisas mediante sonhos — sonhos de verdade (Gn 37.5,9; Mt 2.12), e não “sonhos” —, devemos ser guiados pelas Santas Escrituras (Sl 119.105). Há promessa de sonhos para os crentes de hoje, em decorrência do derramamento do Espírito Santo, mas sonhos de verdade (revelações de Deus), e não “sonhos” no sentido de desejos e aspirações (Jl 2.28-29).

2) Os sonhos de Deus jamais vão morrer. Essa invencionice de “sonhos de Deus” lamentavelmente tem desviado o povo de Deus da verdade, que é uma só para os nossos dias: qualquer grupo que se diz povo de Deus deveria se humilhar, e orar, e buscar a face do Senhor, e se converter (2 Cr 7.14), ao invés de ficar determinando, decretando, “profetizando” (como bem entende, e não segundo o que a Bíblia diz, especialmente em 1 Coríntios 14) e “sonhando”...

Se todos os “sonhos” de Davi tivessem se concretizado, seguindo à “profecia de auto-ajuda” de Natã (2 Sm 7.3), ele não teria cumprido a vontade de Deus! E olha que o principal rei de Israel tinha um bom “sonho” — construir a Casa de Deus em Jerusalém. Felizmente, o Senhor usou o mesmo profeta que errara para desfazer a “profecia motivacional”, visto que não tinha origem divina (vv.3-17).

Todos nós temos aspirações (“sonhos”), mas é preciso tomar muito cuidado com esse modismo de atribuir todo e qualquer desejo do coração a Deus. A Bíblia diz: “Do homem são as preparações do coração, mas do Senhor a resposta da boca. Todos os caminhos do homem são limpos aos seus olhos, mas o Senhor pesa os espíritos” (Pv 16.1,2).

3) Não desista; não pare de lutar. De novo a composição fala o que qualquer palestrante ou livros seculares de auto-ajuda falariam. A canção em apreço parece mesmo ter sido inspirada em livros como Não Desista de seus Sonhos. Não há nenhuma menção à vontade de Deus e à sua grandeza; não se faz referência à obra salvífica realizada na cruz por Jesus Cristo, tampouco à vida de santificação e renúncia que o crente deve ter nesta vida, ante à iminente volta do Senhor (cf. Lc 9.23; Hb 12.14; 1 Jo 3.1-3).

Pensando bem, quem não gosta de ouvir elogios e palavras animadoras? Ah, como é bom ouvir uma mensagem que nos motiva a ser felizes nesta vida, que nos estimula a usar toda a “nossa força” para mudar este mundo! Mas não se anime tanto! Nada somos em nós mesmos! Temos de nos humilhar debaixo da potente mão do Senhor (1 Pe 5.6; Sl 138.6; Ef 6.10). Nada de auto-ajuda! Precisamos é da ajuda do Alto!

4) Não pare de adorar. Oh, até que enfim uma ênfase à adoração, mesmo assim sem nenhuma especificidade. Simplesmente, “Não pare de adorar”. Adorar a quem? Adorar como? Adorar com quê? Cantando “canções” de auto-ajuda? Praticando esse perigoso antropocentrismo, que faz os crentes se afastarem cada vez mais da vontade do Senhor, confiando em suas “palavras mágicas”, e em seus “sonhos”?

5) Levanta teus olhos e vê; Deus está restaurando os teus sonhos; e a tua visão. Meu Deus! Não agüento mais tantas palavras de auto-ajuda! Mas alguém poderá argumentar: “Agora, a canção falou de Deus. Por que ser tão crítico?” Oh, sim, é verdade, Deus apareceu restaurando os “TEUS sonhos”, a “TUA visão”. Afinal, o que vale mesmo é o que VOCÊ sente, o que VOCÊ pensa, o que VOCÊ sonha... Você, você, você... Você é o CARA, como diria o admirável Romário...

Que visão Deus estaria restaurando? Visão de quê? Visão de quem? A Palavra nos manda olhar para Jesus, autor e consumador de nossa fé (Hb 12.1,2). Mas, depois de tanta ênfase ao ser humano, a composição em apreço só pode estar incentivando o crente a olhar para dentro de si mesmo e contemplar as suas potencialidades, a sua capacidade de “sonhar” os supostos “sonhos de Deus”. Ah, falando em Jesus, Ele não aparece nenhuma vez nesta “ma-ra-vi-lho-sa” canção!

6) Recebe a cura; recebe a unção. Viva o humanismo! Recebe, recebe, recebe! É isso aí. Aproveite! Não é preciso mais adorar a Deus em espírito e em verdade nem se santificar! Basta confiar em suas palavras, atitudes e pensamentos positivos! Você é a “boca de Deus” na Terra! Tenha fé — mas a fé na fé, a fé na SUA fé! Isso mesmo. Pensamento positivo. Atitude positiva. Confissão Positiva!

7) Unção de ousadia; unção de conquista; unção de multiplicação. Haja unção! Seriam essas unções as mesmas “novas unções” já analisadas neste blog, propagadas pelos super-pregadores da atualidade? Aquelas pelas quais pessoas são derrubadas aos seus pés? Aquelas que as fazem rir sem parar, rugir, mugir e andar como animais quadrúpedes? Amados em Cristo, nós temos a Unção do Santo (1 Jo 2.20), pela qual sabemos e podemos discernir tudo (1 Co 2.15), além de provar se os espíritos são de Deus (1 Jo 4.1). Não precisamos de outra unção.

Diante do exposto, não há na Palavra de Deus esse tipo de mensagem propagada pela canção (e não hino) em apreço. Afinal, a nossa Cidade está nos Céus (Fp 3.20,21). Estamos neste mundo de passagem, e o nosso coração não deve estar “sonhando” com esta vida efêmera. Cristo não virá buscar uma geração de “sonhadores apaixonados”; Ele arrebatará os “vigilantes amantes da sua vinda” (Mt 25.11-13; 2 Tm 4.7,8).

Em tempo: não sou o professor de Língua Portuguesa, mas a composição analisada também deixa a desejar na parte gramatical. Ora emprega-se o padrão formal da língua, ora o coloquial. Começa com “teu” e “tua”, e depois, quando se exige um “tu”, usa-se “você”. Mas isso nós devemos perdoar... Apenas isso!


Neste sexto artigo da série, não vou analisar uma “canção” em específico, pois quero, valendo-me de exemplos gerais, enfatizar que os hinos devem sempre exaltar o nome do Senhor. Eu sei que, ao abordar esse assunto, estou mexendo num “vespeiro”, uma vez que os “hinos” de maior sucesso e apelo comercial são aqueles que priorizam efemeridades, e não o louvor a Deus.

Boa parte dos cantores evangélicos segue ao caminho do humor e da auto-ajuda. Eles divertem e animam o público com letras que, desprovidas de sólido fundamento bíblico, só servem para confundir e promover um evangelho que não dá à Pessoa de Cristo a devida honra, além de induzir o povo a deixar de lado a reverência.

500 graus? Chamem os bombeiros!

Uma conhecida composição (já antiga, mas famosa) menciona um calor de centenas graus celsius na presença de Deus, mais precisamente “500º de puro fogo santo e poder... Pra fazer o inimigo fugir de você”. Tudo bem, tudo bem... Licença poética, linguagem figurada... No entanto, responda-me com toda franqueza: Você acredita mesmo que esse tipo de letra exalte o nome do Senhor, ou é apenas, atrelada ao estilo musical, uma canção motivacional, animadora, que “mexe” com o público?

E o que dizer de uma canção “evangélica” pela qual se afirma o que menciono abaixo?

Incendeia, Senhor, a sua noiva...
Ele vem, ele vem saltando pelos montes;
Seus cabelos, seus cabelos são brancos como a neve.

Ora, não devemos supervalorizar a simbologia do fogo, que aquece e ilumina os corações (Jo 8.12; Mt 4.16), para cantar que Cristo incendeia a sua noiva! Tudo tem limite! Afinal, que Deus é esse, que, além de incendiar a sua Igreja, vem saltando pelos montes? Isso sem levar em consideração o estilo musical empregado nessa canção, pra lá de dançante. Infelizmente, muitos hoje, enganados, acham o “máximo” dançar à vontade dentro dos templos destinados à adoração.

Várias canções (e não hinos) entoadas pelo povo de Deus possuem ritmos arrastados, com batidas repetitivas, o que produz um “clima” de descontração, e não de adoração. Precisamos decidir, caros irmãos: O que vamos fazer no templo, adorar a Deus ou buscar entretenimento? Quem quiser diversão, deve procurá-la em outros lugares, pois o templo é lugar de oração, louvor e exposição da Palavra de Deus (At 2.42-47; 5.21), e não de dança e entretenimento.

Os anjos também agradecem a preferência!

Não bastassem as letras de auto-ajuda e que desafiam o Diabo, os anjos também têm presença garantida nas canções de maior sucesso. Anjos que sobem; anjos que descem; anjos com espadas flamejantes; anjos que aparecem em fotos; anjos que ensinam jovens a dançar... A razão de os compositores não pararem de fazer “hinos” sobre anjos é simples: o povo gosta!

E, se o povo gosta, então devemos satisfazer a sua vontade, não é mesmo? Não! O nosso culto é a Deus (Rm 12.1), e não aos homens! Muito menos aos anjos, que vêm sendo, indiretamente, cultuados. Por que existe na Palavra de Deus o seguinte alerta?

“Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto aos anjos, metendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão” (Cl 2.18).

A ênfase aos anjos é tão grande, hoje em dia, que até parece que cumprem as nossas ordens. Não estou afirmando que eles não nos ajudem; mas precisamos ter em mente que é Deus quem os envia (Hb 1.14; Dn 6.22). Devemos, por conseguinte, buscar ao Senhor, em nome de Jesus (Jo 14.13; 15.16); e o nosso louvor também deve ser para Ele, fazendo coro com os anjos, que o adoram (Is 6.1-8; Ap 4.8-11).

Je t’aime... I Love you...

Partindo-se da premissa de que os hinos devem, antes de tudo, prestar louvor ao Cordeiro de Deus, deve haver neles a ênfase expressa ao Senhor Jesus Cristo. E não é isso que ocorre em nossos dias... Os males do secularismo — nome mais suave para mundanismo — atingem os crentes de tal modo, que cantores evangélicos não se incomodam mais em gravar músicas românticas para os crentes, que compram os CDs e ainda cantam as canções nas igrejas! E não apenas em casamentos!

Sou jovem, considerando que a vida começa aos quarenta anos... Afinal, só tenho 37. Mas, pergunto: Por que não voltamos a cantar hinos como os de antigamente? Os de hoje, em sua maioria, sequer podem ser chamados de hinos! São composições que visam a animar o auditório ou melhorar a auto-estima das pessoas. Balançam o corpo, e não o coração!

Muitos acreditam que avivamento seja sinônimo de inovação. Daí surgirem as danças, coreografias, representações teatrais, em excesso, as palestras de motivação em lugar da pregação cristocêntrica, os estilos românticos e eletrizantes, as roupas extravagantes, a linguagem chula, etc. Deus não precisa desses elementos no culto! Não devemos confundir o que gostamos com o que agrada ao Senhor!

Ouçamos o conselho de Deus: “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para a vossa alma...” (Jr 6.16). Avivamento verdadeiro é um retorno: “... renova os nossos dias como dantes” (Lm 5.21).

Peço a todos que reflitam com base nas Escrituras sobre a atual superfluidade da hinologia evangélica. Onde está a linha divisória entre o mundo e a igreja? Não está havendo em nossos dias confusão entre o santo e o profano? O nosso objetivo é pregar a Palavra de Deus, ou criar atrativos para manter as pessoas nos templos ou nos grandes ajuntamentos? Onde estão os hinos bíblico-cristocêntricos?

Confira, também, o estudo: "Que culto é este vosso?" em http://macfly.multiply.com/journal/item/150

domingo, 15 de agosto de 2010

Carta aos fofoqueiros de plantão.



Um breve comentário sobre os fofoqueiros de plantão!

Falar da vida dos outros é ridículo de qualquer ponto de vista e condenado pela Palavra.
É incrível a hipocrisia dos ditos "crentes" que de crentes tem apenas uma fina casca que logo se quebra, quando vem a primeira prova ou quando se "escandalizam" com coisas que a Palavra de Deus não condena, mas acham normal emprestar a sua língua ao diabo para promover separações no meio do povo de Deus.
São como o fariseus hipócritas que tentam remover um cisco do olho do companheiro enquanto tem uma trava no seu. Se baseiam em leis formuladas cuidadosamente por homens e se esquecem que a nossa única regra de fé e conduta, já que afirmamos ser salvos, deve ser a Palavra de Deus.
Se regulamentos fossem criados Para agradar a Deus, por certo constariam na Palavra, pois é somente pela Sua Palavra que Deus se responsabiliza.
No dia do juízo se abrirão livros, mas não estatutos.
Entristece-me o coração saber que pessoas que não fazem absolutamente NADA pela obra de Deus, estejam incumbidas por si mesmos a fiscalizar a vida dos outros.
Analize-se irmão em Cristo. Quais frutos você tem dado para Deus? É isto que conta para Ele.
Agindo desta forma, estas pessoas assinam o seu atestado de imaturidade e burrice espiritual, pois, enquanto dizem ter a mente de Cristo, usam o seus membros para satisfação dos seus próprios desejos, que estes sim, são claramente condenados diante da Palavra de Deus.
O que o Senhor quer de nós não é isso, e sinto ter que dizer estas coisas.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

MENSAGEN PARA REFLETIR A dificuldade de agradar a todos


A dificuldade de agradar a todos

Muitas pessoas se comportam da forma que imaginam que agradará a todos.
Esta metáfora nos fala da impossibilidade de realizar este objetivo e sobre a necessidade de confiarmos em nosso julgamento interno.
Em pleno calor do dia um pai andava pelas poeirentas ruas de Keshan junto com seu filho e um jumento.
O pai estava sentado no animal, enquanto o filho o conduzia, puxando a montaria com uma corda.
"Pobre criança!", exclamou um passante, "suas perninhas curtas precisam esforçar-se para não ficar para trás do jumento.
Como pode aquele homem ficar ali sentado tão calmamente sobre a montaria, ao ver que o menino está virando um farrapo de tanto correr.
O pai tomou a sério esta observação, desmontou do jumento na esquina seguinte e colocou o rapaz sobre a sela.
Porém não passou muito tempo até que outro passante erguesse a voz para dizer:
Que desgraça! O pequeno fedelho lá vai sentado como um sultão, enquanto seu velho pai corre ao lado.
Esse comentário muito magoou o rapaz, e ele pediu ao pai que montasse também no burro, às suas costas.
Já se viu coisa como essa?, resmungou uma mulher usando véu. Tamanha crueldade para com os animais!
O lombo do pobre jumento está vergado, e aquele velho que para nada serve e seu filho abancaram-se como seu o animal fosse um divã.
Pobre criatura! "Os dois alvos dessa amarga crítica entreolharam-se e, sem dizer palavra, desmontaram.
Entretanto mal tinham andado alguns passos quando outro estranho fez troça deles ao dizer:
Graças a Deus que eu não sou tão bobo assim!
Por que vocês dois conduzem esse jumento se ele não lhes presta serviço algum, se ele nem mesmo serve de montaria para um de vocês?
O pai colocou um punhado de palha na boca do jumento e pôs a mão sobre o ombro do filho.
"Independente do que fazemos", disse, sempre há alguém que discorda de nossa ação.

Acho que nós mesmos precisamos determinar o que é correto".

quarta-feira, 28 de julho de 2010

História da IEQ


A Igreja Internacional do Evangelho Quadrangular foi fundada pela evangelista Aimee Semple McPherson. CONHEÇA UM POUCO A SUA HISTÓRIA

Aimee Elizabeth Kennedy nasceu em Ingersoll, Ontário, Canadá, em 9 de outubro de 1890.Converteu-se aos dezessete anos e foi casada com o evangelista Robert Semple, com o qual seguiu como missionária para a China.
Seu marido foi acometido de malária e pouco tempo depois Aimee foi obrigada a voltar aos Estados Unidos, viúva e com a filha recém-nascida em seus braços.
Em 1917, iniciou sua maratona pelos Estados Unidos com várias campanhas em diversas cidades do país. Em 1922, durante um culto na cidade de Oakland, ela recebe a visão do evangelho quadrangular, termo que daria nome à igreja por ela fundada em janeiro de 1923, com a inauguração do Angelus Temple, em Los Angeles, Califórnia.

Aimee faleceu em setembro de 1944. Seu filho Rolf McPherson assumiu a presidência da igreja, que hoje é exercida pelo Reverendo Jack Hayford.
Durante seu ministério Aimee não apenas fundou a Igreja Internacional do Evangelho Quadrangular e o Angelus Temple, ela também foi responsável
1-Pela criação do Life Bible College e da Torre de Oração, na qual diversas pessoas se revezavam em turnos de duas horas para que houvesse um clamor a Deus 24 horas por dia.
2-Pela inauguração da terceira estação de rádio de Los Angeles, a KFSG (Call FourSquare Gospel).
3-Pela fundação da Cruzada Internacional do Evangelho Quadrangular.
4-Pela organização do departamento de Assistência Social do Angelus Temple, o qual alimentou e vestiu cerca de meio milhão de pessoas durante a Depressão e a Segunda Grande Guerra.
5-Pela publicação de diversas revistas e periódicos, além da elaboração de diversos livros, peças, óperas sacras, músicas (incluindo o Hino Oficial da Igreja do Evangelho Quadrangular) e sermões.
A Igreja do Evangelho Quadrangular se encontra hoje em 107 países ao redor do mundo. Sua sede mundial é localizada em Los Angeles, Califórnia (EUA), mas ela funciona de forma autônoma em cada país.
A Igreja do Evangelho Quadrangular, baseada na Bíblia, tem um enfoque profundamente Cristo-cêntrico e é uma das igrejas pentecostais pioneiras do avivamento carismático do início do século XX.
Mantendo firme sua dedicação pela evangelização do mundo, nasceu da vontade do Espírito Santo e não de uma divisão ou cisma de igrejas e se conserva unida para a glória de Deus.
Concebido no coração do Pai, o evangelho quadrangular é uma mensagem gloriosa, sólida como a rocha, o mesmo Jesus Cristo sobre o qual está fundamentado.
Seus quatro temas predominantes se estabelecem na Bíblia Sagrada:
Jesus Cristo o Salvador
Enviado por Deus para salvar o mundo (Romanos 3:23)
Jesus Cristo o Batizador
Dando poder e unção do Espírito Santo (Atos 1:5 e 8)
Jesus Cristo o Médico
Tocando os enfermos com poder curador (Mateus 8:17)
Jesus Cristo o Rei que Voltará
Vindo como o Rei dos Reis (I Tessalonicenses 4:16-18)
QUADRANGULAR NO BRASIL

Cruzada Nacional de Evangelização

Fundada em São João da Boa Vista - SP a 15 de novembro de 1951, pelo missionário da Foursquare Church Gospel Pastor Harold Edwin Willians (falecido no dia 11 de setembro de 2002 -auxiliado pelo Pastor Jesus Hermirio Vasquez Ramos. o primeiro natural de Los Angeles- EUA e o segundo natural do Peru.

A obra começou numa casa na cidade de Poços de Caldas, junto com uma escola de inglês indo depois para São João da Boa Vista onde foi construido pelos fundadores um pequeno templo .

Em 1952 vieram para a capital de São Paulo realizar campanhas evangelisticas a convite de um pastor da igreja Presbiteriana do Cambuci e pouco tempo depois foram para uma tenda de lona no mesmo bairro. De lá foram para o bairro da Agua Branca e então para o salão da Rua Brigadeiro Galvão, 713.

A tenda passou então a viajar pelo estado de São Paulo como a tenda número um, nos salões da rua Brigadeiro Galvão as senhoras da igreja começaram a ajudar um irmão que havia trabalhado muito tempo com um circo e que as ensinou a costurar tendas.

As tendas compradas ou fabricadas na própria igreja sairam peregrinando por lugares como Casa Verde, Americana, Limeira, Vitória, Curitiba e vários outros. Numa onda contagiante o movimento crescia e cada tenda dava origem à um novo núcleo que se constituia em uma nova igreja.

Na decada de sessenta já sob a liderança do Pastor George Russell Faulkner estabeleceu-se a meta de levar a mensagem a cada capital de estado sendo depois espalhada nos outros municípios. as tendas passavam e deixavam uma nova comunidade formada. Os finais das decadas de setenta e oitenta foram marcados pelo evangelismo dinâmico e pela construção de grandes e belos templos .

Em 1997 já contávamos com 5.530 Igrejas e Obras Novas (que estão funcionando em 2.026 Templos, 1.778 Salões e 1.726 Tabernáculos de madeira), além de 4.000 congregações e pontos de pregação, que funcionam sob a responsabilidade das igrejas locais.

Os resultados oficiais de uma estatistica feita em 2001 pela IEQ Internacional, mostram que o comparecimento estimado na Igreja do Evangelho Quadrangular de todo o mundo, está agora em 3.587.835 pessoas, com 29.973 Igrejas e lugares de reunião. A IEQ está agora em 123 países do mundo. Há 48.271 ministros e trabalhadores quadrangulares em torno do mundo



O HOMEM DAS TENDAS

"Aos 89 anos, morreu o missionário Harold Willians, fundador da Igreja do Evangelho Quadrangular no Brasil"


A Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), uma das maiores e mais atuantes denominações pentecostais do país, esteve de luto. Morreu, no dia 11 de setembro de 2002, o pastor e missionário americano Harold Edwin Willians. Foi ele, nos anos 50, um dos pioneiros da Cruzada Nacional de Evangelização, movimento que mudaria definitivamente os rumos do protestantismo brasileiro e daria origem à IEQ. Aos 89 anos, já com a saúde debilitada, o reverendo Willians sofreu uma queda em sua casa, em Redondo Beach, na Califórnia, nos Estados Unidos. Levado ao hospital, foi submetido a uma cirurgia, durante a qual onde sofreu um infarto fulminante.

A história da Igreja Evangélica no Brasil já tem, com inteira justiça, algumas páginas reservadas a ele. Nascido em 27 de novembro de 1913, na cidade Hollywood - a meca do cinema mundial -, Willians, criado sob princípios da fé evangélica, foi batizado pela própria Aimeé Semple Mcpherson, fundadora da Igreja Quadrangular Internacional. O rapazola chegou a atuar como figurante em alguns filmes de faroeste, mas a fé acabou falando mais alto do que o desejo de virar caubói das telas do cinema. Depois do curso teológico e já ordenado pastor, ele decidiu ser missionário na América do Sul. Passou um breve período na Bolívia e na Colômbia e, em 1946, desceu o rio Amazonas até Belém (PA). Daí, embarcou num navio com destino a Santos, no litoral paulista.

Willians, junto com sua mulher Mary, sentiam arder no coração o desejo de evangelizar o Brasil, então um país de forte tradição católica. Tratou de aprender a falar português e pôs mãos à obra. Com a experiência adquirida em cruzadas nos EUA, logo começou a promover reuniões avivadas no interior de São Paulo, passando depois para a capital. Carismático, Willians começou a atrair muita gente para aqueles cultos marcados pela informalidade e pela ênfase em milagres como curar e libertações. A primeira reunião foi em 15 de novembro de 1951, data considerada pela IEQ como a de seu nascimento no país.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

... renoveis no espírito do vosso entendimento ...-- Efésios 4:23.


PENSAMENTO:
Não temos poder de renovar a nós mesmos. Podemos nos guardar de
influências que corrompem. Podemos nos oferecer a Deus e vir a
discernir melhor sua vontade. Mas no final, só Deus pode fazer a
renovação; não apenas quando somos salvos, mas diariamente. Só a
graça de Deus pode nos sustentar, nos dar poder e nos renovar.
Vamos nos oferecer a Ele. Daí, vamos confiantemente pedir que sua
graça nos fortaleça, nos aperfeiçoe e nos renove!
ORAÇÃO:
Pai, venho ao Senhor para pedir que sua graça me renove na
maneira como vejo as coisas, especialmente as pessoas. Por favor,
limpe meu coração e renove minha mente e meu espírito. No nome de
Jesus eu oro. Amém.

Sentimento: O que o medo faz com o cristão

Numa terra em guerra, havia um rei que causava espanto. Sempre que fazia prisioneiros, não os matava: levava-os a uma sala onde havia um grupo de arqueiros de um lado e uma imensa porta de ferro do outro, sobre a qual viam-se gravadas figuras de caveiras cobertas por sangue. Nesta sala ele os fazia enfileirar-se em círculo e dizia-lhes, então:

"Vocês podem escolher entre morrerem flechados por meus arqueiros ou passarem por aquela porta e por mim serem lá trancados".

Todos escolhiam serem mortos pelos arqueiros. Ao terminar a guerra, um soldado que por muito tempo servira ao rei dirigiu-se ao soberano:

-Senhor, posso lhe fazer uma pergunta?

- Diga, soldado.

- O que havia por detrás da assustadora porta?

- Vá e veja você mesmo.

O soldado, então, abre vagarosamente a porta e, à medida que o faz, raios de sol vão adentrando e clareando o ambiente... E, finalmente, ele descobre, surpreso, que... A porta se abria sobre um caminho que conduzia à LIBERDADE !!!

A verdadeira pescaria com coração de Jesus

A verdadeira pescaria com um coração de Jesus.

Um executivo tirou férias e foi aproveitá-las no interior para fazer o que mais gostava, pescar. Convidou um velho que morava na cidadezinha para acompanhá-lo na pescaria. Logo no início da pescaria um fato chamou a atenção do executivo. Cada peixe que o velho pegava ele media com um palmo e se fosse maior do que sua mão aberta, devolvia o peixe para o rio, mas se fosse menor, ele guardava consigo. Lá pelas tantas, intrigado com o que via, ele perguntou ao velho porque guardava os peixes que eram menores do que a palma de sua mão, e os outros devolvia para o rio. E o velho, com a maior naturalidade, respondeu:

- É que este é o tamanho da minha frigideira.

A lição a aprender: Não tenhamos desproporcional ambição diante daquilo que Deus preparou para nós. Deus proverá.

Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? Mateus 6.26